O GuiaProPet entrevistou o jovem empresário Pedro Bastos, CEO Viva Verde. Que fala da sua experiência desde criança até se dedicar ao mercado pet, oferecendo inovação, tecnologia e sustentabilidade.
JIR: Há quanto tempo o senhor atua neste segmento?
PEDRO: Estou no mercado pet, liderando a empresa há uns 7 anos, desde os 27 anos de idade. Hoje, aos 33, eu costumo dizer que convivo e estou no mercado pet de fato desde pequeno. Morei parte da minha vida nos Estados Unidos e no Brasil, mas sempre tivemos gatos, vários gatos em casa. Minhas tarefas eram duas: lavar louça e cuidar da caixinha de areia.
Durante toda minha infância, eu tive dificuldade de manusear a caixa de areia que não performava, que não eliminava o odor, que não formava um bom torrão. Esse problema foi o que me atraiu, eventualmente, junto com nosso time, a espetacular e a desenvolver o que temos hoje como nosso carro chefe, que são uma areia feita 100% de duas fontes renováveis de plantas, milho e mandioca, sem qualquer adição de químicos e fragrância.
Quando desenvolvemos esse produto, buscamos entregar sustentabilidade, principalmente, via os insumos. Não trabalharmos com minerais que são extraídos de forma não biodegradáveis, processo que agride bastante o meio ambiente e, eventualmente, vai para o lixão e fica lá pra sempre. Tão importante quanto entregar, uma performance aos tutores, mais do que qualquer outra coisa, é oferecer algo que funcione, elimine odores e seja fácil de limpar. Entre muita tentativa e erro, chegamos ao que temos hoje e que está crescendo bem aqui no Brasil e pelo mundo afora.
JIR: Qual a diferença da areia biodegradável das convencionais?
PEDRO: As convencionais dominam o mercado até hoje, desde a criação da categoria areia para gato, por volta dos anos 50. Antes, a pessoa deixava o gatinho fora de casa ou até faziam soluções mais caseiras, como usar terra dentro de casa, porque o gatinho tem o instinto natural de cavar, fazendo suas necessidades, e escondê-las.
A categoria foi criada e utilizava ainda hoje, então, a argila é um mineral. Na extração dela, geralmente, se pega uma camada muito fina superficial, então, tira-se qualquer mata, grama ou que seja material orgânico da terra, extrai a argila que é um processo essencialmente de desertificação, você está tirando matéria orgânica que está ali, para sequestrar carbono, está ali de uma forma sustentável, eliminando ela, vai para a caixinha e, eventualmente, vai para o lixão onde vai ser descartada. Isso é o que existe hoje, como principal solução.
Outra é a areia de sílica, que também é mineral, mas passou por um processo um pouco diferente em termos de mineração, mas não deixa de ter os mesmos pontos negativos da areia de argila. Ela chega a formar um torrão para facilitar a remoção, mas nem todas às vezes.
A gente ouve que a minha areia atual, à base de minerais, forma uma lama. Um pouco de urina e está aquela lama na caixinha. Ou, no balcão da minha cozinha vejo as pegadinhas. É uma experiência ruim; já que não é agradável lidar com a caixa. Então, a diferença principal é o formato do insumo, trabalhar somente com plantas e um ciclo renovável, eventualmente, isso sendo descartado pelo vaso ou no lixo, como material biodegradável, vai, eventualmente, voltar ao meio ambiente.
Em termo de performance, a gente tem o torrão que se forma extremamente rápido, então a absorção é imediata. Isso é o que permite que, ao remover o que entrou em contato com o xixi, que permanece na caixa ainda tá ali, então uma experiência que é muito muito boa para o gato que sempre demanda uma caixinha limpinha. Às vezes, se você deixar acumular muitas fezes ou urina é uma das principais razões pala a qual o gato vai a outro lugar, o gato gosta de demonstrar sua insatisfação. Eu cuidava da forma errada vamos dizer, assim quando eu tinha 15 anos, não limpava com a frequência que a minha mãe pedia, de vez em quando eles iam ao meu quarto e faziam xixi na cama, demonstrando que necessitam de ambiente limpo. O gato é um animal extremamente atencioso à limpeza, ele se auto limpa o dia inteiro, que é outro ponto importantíssimo de comentar em relação às areias mais tradicionais versus a nossa, feita somente desses dois insumos e sem adição de químicos.
O gato vai ingerir areia, ele vai entrar na caixinha vai tocar com as quatro patinhas e a primeira coisa, muitas vezes, que ele faz ao sair da caixa, é limpar as suas partes, ingerindo aquilo no qual pisou a argila por si só expande, por exemplo, no intestino; ela não é algo facilmente digestivo, vamos dizer assim. A areia de milho e mandioca é crocante, não é a melhor coisa do mundo, mas é um gosto neutro milho, processado de insumo de amido e de fécula para chegar aqui, mas é algo super tranquilo, caso ingerido. Aí você pensa que várias outras areias adicionam-se fragrâncias e químicos fortes para mascarar o cheiro, gato tem uma sensibilidade de cheiro múltiplas vezes mais forte que a nossa então procuramos pensar no gato em primeiro lugar, criando uma areia que fosse ausente de cheiro, então é outra propriedade. Outra diferença é serem mais claras, as argilas, ou até outras feitas de plantas, é mais escuras, esta traz dois benefícios: um é limpeza, se a gente remover aqui pelo contraste se tiver um pedacinho de fezes, se tiver um xixi mais amarelado, um pedacinho que quebrou, gente consegue ver o contraste. Numa areia mais escura sem o contraste você não consegue eliminar aqueles pedacinhos que pode, eventualmente, acumular odor na caixa. Segundo lugar, mas tão importante quanto, é uma das principais razões pelas quais os veterinários procuram muito a Viva Verde, é que o gato tem o instinto de se proteger de predadores, de não demonstra fraqueza, ele seguras os sinais frequentemente, e um dos principais sinais aparece via urina, então pode ser a presença de sangue ou qualquer alteração no consumo de água, para mais ou para menos, ambas as coisas numa areia que forma um bom torrão e tem esse contraste você consegue enxergar. Quase que semanalmente entram em contato com a gente e falam: troquei de uma areia mais escura tradicional, ao começar a usar a Viva Verde comecei a perceber um torrão um pouquinho avermelhado ou até uma gotinha de sangue e levei ao veterinário e era uma infecção urinária ou até alguma coisa mais séria; mas pelo menos identificamos cedo e conseguimos é curar. Então tem esse benefício-saúde, vamos dizer assim também.
JIR: A principal inovação é eliminar a parte do odor do xixi e das fezes?
Principalmente sim. O torrão que a gente chama, existem em outras areias, inclusive de argila, algumas que formam torrão, mas de uma forma tão rápida, tão eficiente e, eventualmente, dura, que vira uma rocha, é difícil achar outra igual. Realmente, é uma renovação espetacular e, de novo, é um derivado de duas plantas.
JIR: Há quanto tempo vocês estão no mercado?
PEDRO: A gente começou no final de 2015 e 2016, com duas marcas licenciadas: a Hello Kitty e Garfield. A gente ainda vende no Brasil e pelo mundo afora, mas com foco no nosso carro chefe da marca Viva Verde, que foi estabelecida em 2018 e estamos há 4 anos com ela. Com foco agora em inovação, expansão, primeiramente, para tudo o que seja ao redor da caixinha. Então a gente tem pá traz benefício, ela tem um bolso atrás, diferente de uma pá tradicional, quando você tire o torrão e vai se locomover até onde você vai descartar, se forem um pouquinho longe, alguns passos muitas vezes, se encontra segurando uma mão embaixo da pá para não deixar cair os pedacinhos, que é algo bem nojento, se pararem para pensar. Literalmente, está se pegando restinho de xixi cocô ali. Então, essa pá tem um bolso atrás, quando for pegar o torrão, não caia no trajeto até onde se for descartar. Essa pá cria uma harmonia entre meio ambiente, feita de plástico 100% pós-consumo reciclado e a ideia é até o final do ano que vem lançar uma caixinha de areia, tapete anti – rastro, todos levando inovações ou trazendo inovações de design, como também relacionada à areia, uma inovação eu posso dar uma prévia aqui do que será, mas até o final do ano que vem uma areia o semelhante a nossa com um indicador de saúde, que demonstrará uma variação e uma coloração dependendo do que detectar na urina do gato.
JIR: O que você acrescentaria sobre a marca e o seu trabalho à frente da Viva Verde?
PEDRO: Gostaria de pedir para que as pessoas sigam a gente nas redes sociais e comentar que nós contamos com o apoio do Jackson Galaxy, um influenciador global que tem 11 temporadas de um programa chamado “Meu Gato Enjambrado, no canal Planet, tanto nos Estados Unidos, no Brasil e mundo afora. Ele trabalha com gatos há 25 anos, são 4 milhões de seguidores, realmente, é um expert em comportamento felino. Estou falando dele, porque ele descobriu a nossa areia e a nossa marca irmã nos Estados Unidos em 2018, chegou à gente e falou: ‘nunca vi, nunca usei nada igual e já converti as minhas 9 caixas de areia. Ele tinha na época uns 9 gatos, todos usando o assistente interior, a mesma areia Viva Verde, eu quero trabalhar com vocês”. Hoje ele é investidor membro do nosso conselho e o nosso embaixador oficial no canal dele no YouTube.
O gato é um animal que demanda muita atenção, às vezes, a gente tem a percepção que o cachorro é mais carente, não é sociável, o gato também é então há muitas questões de comportamento até relacionados à caixa de areia, quantos usuários, como limpar onde colocar, essa atenção é muito necessária. O Jackson Galaxy é uma ótima fonte tem muito material em português no canal dele e também nas nossas redes. Então, para aprender tudo sobre gatos, sigam as redes sociais da Viva Verde Areia e do Jackson Galaxy.
Texto: Márcia Macedo
Fotos: Assessoria de Imprensa (PetFive)