As temperaturas caem, e a incidência das doenças respiratórias aumenta nos bichos de estimação. Embora possam ficar gripados todos os meses do ano, é no outono/inverno, segundo a veterinária Karla Pedroso, do Centro Veterinário da Pet Center Marginal, que cães e gatos correm mais risco de contrair gripe. “Elas podem ser causadas por vírus, bactérias e até fungos e levam a crises de tosse semelhante a engasgos, espirros, secreção nasal ou ocular, febre, apatia e falta de apetite.”
Além das vacinas anuais específicas para a prevenção dos males do aparelho respiratório, como a “tosse dos canis” e a rinotraqueite (gripe dos gatos), cães e bichamos devem permanecer em locais protegidos do frio, em áreas cobertas. “Também é importante que tenham à disposição casinhas, cobertores, mantas e até as tradicionais roupinhas. Filhotes e cães idosos costumam sentir mais frio que os demais, cabe ao dono checar esses sinas”, aconselha.
Quem dá banho nos cães e gatos em casa deve tomar cuidado com a friagem. O ideal, alerta a veterinária, seria no pet shop, já que lá tanto a pele como a pelagem são secas de forma adequada.
Outro cuidado é na hora de retirar o bichinho do pet em dias frios depois do banho. Para a especialista, como o ambiente é mais quente, poderá causar choque térmico na rua gelada. “Nesses dias, após sair do centro de estética, é bom dar uma volta no pet shop e aguardar cerca de 30 minutos antes de ir para a rua. Ou usar a caixa para levá-los até o carro”, aconselha. “Ao passear com os cães em dias frios, opte por horários mais quentes, principalmente pela manhã e ao meio dia”, complementa.
Quanto às roupas, opte por tecidos naturais e estilo que seja confortável aos cães. Nem sempre aquelas mais bonitas, são as melhores. Os movimentos dos bichos têm de ser preservados. Por outro lado, algumas podem causar nós naquelas raças mais peludas. Também vale a pena investir em caminhas e casinhas mais quentes nesta época do ano.
Quando a umidade do ar está muito baixa, os cães e gatos apresentam sintomas parecidos com os dos humanos, como coceiras nos olhos, boca seca, dificuldade para respirar e desidratação. Nesta época, os hospitais veterinários tem uma alta considerável no atendimento a animais com problemas respiratórios, principalmente filhotes, animais idosos e que já convivem com doenças como asma e pneumonia. “Alguns animais com focinho curto, como o Shi-Tzu, o Pug e os Bulldogs, já têm dificuldade para respirar e acabam tendo o problema agravado. Muitos animais necessitam até de inalação para amenizar os efeitos do ar seco”, informa a veterinária Valéria Correa, responsável técnica e gestora técnica do Grupo Pet Center Marginal.
Para evitar que seu animal de estimação tenha problemas por conta do ar seco, é indicado que tenha sempre disponível água potável fresca. Em casos extremos, é recomendável que se coloque panos molhados no ambiente que o animal fica e até mesmo, umidificadores de ar. “Com o calor e o ar seco, é preciso também evitar passeios em excesso, principalmente durante o dia, pois não é nada benéfico para o animal “, explica Dra. Valéria.
Fonte: Cotia todo dia